Palavras soltas
Abril liberdade
Liberdade Abril
Fraterno sentimento
Abraço amigo
Liberdade Abril
Prisão sem razão
Censura terminada
Livre pensamento
Abril liberdade
Boca que não se cala
Palavra solta
Revolta gritada
Liberdade Abril
Amarra arrancada
Madrugada nossa
Unido Povo
Abril liberdade
Mulher emancipada
Olhar de criança
Conquistado cravo
Abril...
sábado, 14 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Analogias
Comparar este acontecimento trágico, com a União Europeia, é pela prepotência humana, em não admitir, que Titanic se afundava.
Por onde navega a União Europeia? Que icebergue irá afundar a União Europeia?
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Bloco de notas
O 25 de Abril de 1974, é uma data para recordar. Foi a vitória da democracia, sobre a ditadura do Estado Novo. Hoje vivemos em liberdade de pensamento e liberdade de expressão. Para alcançarmos a democracia, é necessário responsabilidade e respeito pelos direitos e deveres de cada um de nós.
Breve HistóriaCom a queda da monarquia constitucional, entre 1910 e 1926 nasce a 1ª Republica. Foi um período bastante agitado no quotidiano do nosso país. Esta situação, faz com que, em 28 de Maio de 1926, os Generais Gomes da Costa e Mendes Cabeçadas, impusessem em Portugal uma ditadura militar. A mesma limitou-se a tentar impedir a agitação social. No ano de 1928, tomou posse um Governo do qual fazia parte o ministro das Finanças, António de Oliveira Salazar. Político de ideias fixas, veio a tornar-se em “senhor absoluto” de Portugal, concretamente, a partir de 1932. Ano em que assumiu o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, ou seja, primeiro-ministro. Formou um regime ditador, foi o período do Estado Novo. Salazar concentrou nas suas mãos todo o poder e proibiu a formação de partidos políticos. Apenas só eram eleitos os deputados para a Assembleia Nacional. Estes por sua vez, inscreviam-se na única organização política (União Nacional), que era a organização política permitida. Eram tempos difíceis, pois era perigoso falar de política em público. Quem tivesse ideias contrárias às do regime, era perseguido, chegando em muitos casos a ser preso pela polícia do Estado, a PIDE – Polícia Internacional de Defesa do Estado. Aos seus agentes chamavam-se “Os Bufas”. Estes denunciavam, os amigos, os vizinhos e até os próprios familiares. A população vivia com medo e calava-se. Os mais audazes enfrentavam o regime. Tiveram consequências negativas, muitos perderam os seus empregos. Estamos no ano de 1958, o General Humberto Delgado concorre às eleições para a presidência República. Candidato da oposição, que teve a coragem de afirmar numa entrevista, que se fosse eleito, demitia Salazar do poder, onde ficou celebre a frase “Obviamente demito-o”. Consta que chegou a ganhar as eleições, mas mais uma vez a forte arrogância do regime falseou os resultados. Fugiu para o estrangeiro. Foi morto em Espanha por agentes da PIDE. 1960-1974 - Algumas chefias do exército português estavam desconfiadas e mostravam-se descontentes, com a guerra do ultramar. Os militares perante o descontentamento da população portuguesa, num regime de opressão e de censura e na condição beligerante, com as colónias, resolveram que o dia D seria no dia 25 de Abril. É necessário relembrar que a 16 de Março de 1974, deu-se início "Ao golpe das Caldas". Tentativa de golpe de Estado que fracassou, mas foi o ensaio para o 25 de Abril.
No dia 24 de Abril, às 22h55 em ponto, a Rádio Emissores Associados de Lisboa passou a canção “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, senha que não despertou grande suspeita. Era o sinal combinado, e que significava para estarem prontos. Assim às 00h25, de 25 de Abril, foi a vez da Rádio Renascença entrar em acção. A nova senha foi a transmissão de “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso, esta canção não tinha sido proibida pela censura. Da Escola Prática de Cavalaria de Santarém saiu uma coluna militar em direcção a Lisboa. Esta coluna era comandada pelo Salgueiro Maia, um dos Capitães de Abril. Pelas 03h00 um grupo de soldados tomou a RTP com sucesso. Às 04h30 os pontos mais importantes estavam todos controlados, inclusive o aeroporto de Lisboa. Os ministros e as autoridades relacionadas com o regime reuniram-se no Ministério do Exército, edifício que ficava no Terreiro do Paço. Através das janelas viam as movimentações de rua. Estavam na expectativa e necessitavam de ajuda das unidades do regime. Para sua protecção fizeram um buraco na parede, fugiram pelas traseiras. O primeiro-ministro Marcello Caetano e membros do Governo refugiaram-se no quartel do Carmo. Os militares revoltosos estavam a ganhar terreno e tudo corria conforme o planeado. A situação estava controlada, era uma questão de tempo, a rendição de Marcello Caetano. A notícia espalhou-se rapidamente pela população, que em euforia festejava nas ruas e distribuia aos soldados, cravos que os mesmos colocavam nas armas.
Breve HistóriaCom a queda da monarquia constitucional, entre 1910 e 1926 nasce a 1ª Republica. Foi um período bastante agitado no quotidiano do nosso país. Esta situação, faz com que, em 28 de Maio de 1926, os Generais Gomes da Costa e Mendes Cabeçadas, impusessem em Portugal uma ditadura militar. A mesma limitou-se a tentar impedir a agitação social. No ano de 1928, tomou posse um Governo do qual fazia parte o ministro das Finanças, António de Oliveira Salazar. Político de ideias fixas, veio a tornar-se em “senhor absoluto” de Portugal, concretamente, a partir de 1932. Ano em que assumiu o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, ou seja, primeiro-ministro. Formou um regime ditador, foi o período do Estado Novo. Salazar concentrou nas suas mãos todo o poder e proibiu a formação de partidos políticos. Apenas só eram eleitos os deputados para a Assembleia Nacional. Estes por sua vez, inscreviam-se na única organização política (União Nacional), que era a organização política permitida. Eram tempos difíceis, pois era perigoso falar de política em público. Quem tivesse ideias contrárias às do regime, era perseguido, chegando em muitos casos a ser preso pela polícia do Estado, a PIDE – Polícia Internacional de Defesa do Estado. Aos seus agentes chamavam-se “Os Bufas”. Estes denunciavam, os amigos, os vizinhos e até os próprios familiares. A população vivia com medo e calava-se. Os mais audazes enfrentavam o regime. Tiveram consequências negativas, muitos perderam os seus empregos. Estamos no ano de 1958, o General Humberto Delgado concorre às eleições para a presidência República. Candidato da oposição, que teve a coragem de afirmar numa entrevista, que se fosse eleito, demitia Salazar do poder, onde ficou celebre a frase “Obviamente demito-o”. Consta que chegou a ganhar as eleições, mas mais uma vez a forte arrogância do regime falseou os resultados. Fugiu para o estrangeiro. Foi morto em Espanha por agentes da PIDE. 1960-1974 - Algumas chefias do exército português estavam desconfiadas e mostravam-se descontentes, com a guerra do ultramar. Os militares perante o descontentamento da população portuguesa, num regime de opressão e de censura e na condição beligerante, com as colónias, resolveram que o dia D seria no dia 25 de Abril. É necessário relembrar que a 16 de Março de 1974, deu-se início "Ao golpe das Caldas". Tentativa de golpe de Estado que fracassou, mas foi o ensaio para o 25 de Abril.
No dia 24 de Abril, às 22h55 em ponto, a Rádio Emissores Associados de Lisboa passou a canção “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, senha que não despertou grande suspeita. Era o sinal combinado, e que significava para estarem prontos. Assim às 00h25, de 25 de Abril, foi a vez da Rádio Renascença entrar em acção. A nova senha foi a transmissão de “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso, esta canção não tinha sido proibida pela censura. Da Escola Prática de Cavalaria de Santarém saiu uma coluna militar em direcção a Lisboa. Esta coluna era comandada pelo Salgueiro Maia, um dos Capitães de Abril. Pelas 03h00 um grupo de soldados tomou a RTP com sucesso. Às 04h30 os pontos mais importantes estavam todos controlados, inclusive o aeroporto de Lisboa. Os ministros e as autoridades relacionadas com o regime reuniram-se no Ministério do Exército, edifício que ficava no Terreiro do Paço. Através das janelas viam as movimentações de rua. Estavam na expectativa e necessitavam de ajuda das unidades do regime. Para sua protecção fizeram um buraco na parede, fugiram pelas traseiras. O primeiro-ministro Marcello Caetano e membros do Governo refugiaram-se no quartel do Carmo. Os militares revoltosos estavam a ganhar terreno e tudo corria conforme o planeado. A situação estava controlada, era uma questão de tempo, a rendição de Marcello Caetano. A notícia espalhou-se rapidamente pela população, que em euforia festejava nas ruas e distribuia aos soldados, cravos que os mesmos colocavam nas armas.
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade (…)
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade (…)
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